Sobre a vida, nossa.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Capítulo 17 - Distância
- Vou me mudar para São Paulo em 3 meses.
- Por que você?
- Porque o Fernando, meu sócio, não entende de maquinário. Ele é da parte administrativa.
- Uau!
- Mas, calma, só daqui há uns meses. Você vai ter que me aguentar por mais um tempo.
Ainda assim, eu não estava satisfeita. Era como se tivessem me tomado um presente.
- E você sabe quanto tempo vai passar lá?
- Não menos que 3 anos. Mas não direto. Vou intercalar com o Fernando, pra gente acompanhar todo o andamento.
- E a escola?
- Já está no final do ano letivo. Vou só conversar lá para explicar a saída e indicar alguém.
- Você já tem?
- Sim. Tenho uma amiga da academia. Ela é professora. Mas não vamos pensar no futuro. Vamos aproveitar o presente: este delicioso almoço e a perfeita companhia.
- Ok.
Depois disso, esqueci da mudança e voltamos aquele clima gostoso. Almoçamos. De lá, fomos para um lindo parque arborizado. Sentamos debaixo de uma das árvores.
- Quer um sorvete? - ele ofereceu ao avistar a carrocinha.
- Não, obrigada. Fique a vontade.
- Ah, não. Sozinho não gosto.
- Você não vai comer por minha causa?!
- Sinta-se ocupada.
- Está bem. Peça 1 para nós dois. Eu dou uma provadinha e você sacia sua vontade.
- Ok.
Ele pediu e tomamos juntos. Conversamos. Rimos, que a hora passou e nen percebemos.
Quando vi a hora...
- É melhor voltarmos para casa. Amanhã meu expediente começa logo cedo. Você se importa?
- Claro que não. Você não iria me abandonar aqui sem carona, não é?! - ele disse, rindo. - Estou brincando.
- Me ensina onde é sua casa, que não te abandono em qualquer lugar. - brinquei.
- Não tem perigo - ele piscou pra mim.
A caminho do carro, ele pegou na minha mão e entrelaçou seus dedos aos meus. Fomos de mãos dadas até o carro. De longe, destravei o carro. Ele soltou a minha mão e foi em outra direção. Continuei caminhando. Não sabia se continuava o esperando ali fora ou se já entrava no carro.
Quando ia abrindo a porta para entrar, o vi voltando, com uma das mãos para trás e a outra no bolso. Fiquei ali em pé, olhando por cima do teto do carro. Ele entrou no carro. Então, entrei. Quando entrei, ele estava com as mãos livres. Cheguei a pensar que ele me daria uma flor, mas, foram só pensamentos. Ele foi explicando o caminho de casa, até que chegamos.
- Entregue, moço. - falei.
- Muito obrigado. Vou pegar a minha bagagem.
Abri a mala. Ele saiu do carro. Saí também para me despedir. Ele pegou a mala e veio ao meu encontro.
- Vamos entrar?
- Hoje não dá mesmo. Amanhã levanto cedo.
- Ok. Pra você - ele me disse, me entregando uma flor.
- Ah, que linda. Obrigada.
- Verdadeira e natural, assim como você - ele disse piscando para mim.
- Obrigada. - respondi, me sentindo vermelha. E o abracei. Ele retribuiu. Nos afastamos. Entrei no carro.
- Até amanhã? - ele perguntou.
- Até! - respondi.
Ele pegou a minha mão do volante, deu um beijo e a colocou no lugar. Liguei o carro.
- Vai em paz. - ele disse, se afastando do carro.
- Fique com ela. - respondi.
Com 20 minutos, cheguei em casa. Ao descer do carro, recebi uma mensagem: "Não esquece de olhar a mala." Fui verificar. Quando abri, não acreditei no que vi.
Capítulo 16 - Quase
Ele, com a mão por cima da minha solrou o freio e disse: "Vamos, antes que alguém tome a vaga a força". Eu ri.
Fiquei sem graça de falar alguma coisa depois daquilo. Mas, ainda bem, ele é esperto demais.
"Então, com que frequência vocês almoçam em família?"
"De 15 em 15 dias. Não religiosamente, mas sempre que dá. "
E fomos conversando até chegarmos no restaurante.
"Esse é novo?" - perguntou.
"Reformado. Foi reinaugurado ontem."
"Ah, estou lembrando. Conheço. "
"Imaginei que sim. Por isso te trouxe. Não ia arriscar te levar pra um lugar desconhecido, com você morrenfo de fome." Ele riu.
Descemos do carro e entramos no restaurante. Falei com a moça da reserva e fomos encaminhados à nossa mesa.
O garçom nos deu o cardápio.
"Você escolhe e eu pago." - ele disse.
"Fui eu quem te trouxe. Eu pago." - respondi.
"Mas você atendeu meu convite de ontem e encerro o assunto."
Olhei pra ele com uma sombrancelha levantada e voltei ao cardápio. O garçom, para ajudar, sugeriu o mais pedido. Pedimos também.
"E você traz uma jarra de suco de abacaxi com hortelã junto com o almoço. Pra agora, 2 garrafas de água sem gás."
"Mais alguma coisa?"
"Não"
"Com licença" - e o garçom se retirou.
"Ah, está vendo?! Pedi tudo."
"E quem disse que eu achei ruim? Temos gostos parecidos."
"Muito importante isso!" - ele respondeu.
A água chegou.
"Quero brindar, com água mesmo." - ele falou já com o copo na mão.
"A que?"
"A nós." - respondeu.
"Cheers"
"Cheers" - respondi, tocando meu copo no dele.
"E para comemorar o negócio que fechei ontem." - ele falou.
"O que foi?"
"Vamos abrir uma filial da academia em São Paulo."
"Que bom!" - falei erguendo a taça e tomando mais um gole.
"Vou me mudar para lá em pouco tempo." - ele falou.
Quase me engasguei.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Tempo
Tenho muita sorte de ter passado em tantos lugares. Crescer andarilho me permitiu crescer um pouquinho antes do tempo. Cada lugar que morei, cada pessoa que conheci me fez entender que a vida é de muitas possibilidades.
Apesar disso, eu acreditei que algo me foi confiado. Uma missão? Um chamado? Não sei. Podem chamar do que quiser. Mas a certeza eu tenho, que é para mim. Dentro de tantas alternativas, algo mais forte me faz escolher uma opção que leva à outra melhor. Perguntas vão sendo respondidas, pessoas levam às outras, estradas conduzem à lugares imagináveis, fazendo tudo ter sentido.
Nessa minha busca, às vezes, me pego em dúvidas, se minha escolha levará ao melhor caminho. Por isso, eu oro para Deus me orientar. Por isso, eu demoro a tomar alfumas decisões. Nem tudo na vida tem como voltar para ser consertado. Nem sempre a vida te dá tempo para isso. E o melhor é dar um tempo. Tempo para conhecer, tempo para defender, tempo para acreditar e, então, escolher. Meu tempo dura de segundos à meses. E o que for meu vai saber esperar.
terça-feira, 1 de abril de 2014
A minha música
Quando o sinal tocou, saí da minha mesa e caminhei até a sala. A próxima aula era de Geografia. Passei, lentamente, pelo furdunço que era o final do recreio, tomando meus últimos goles do suco de goiaba. Fui ao banheiro lavar as mãos - mania! - e lavar a boca. Aproveitei para retocar o batom também. Aquele não era um dia fácil para mim, mas não seria por isso que deixaria minha aparência de lado. Quem sabe o exterior melhorasse o interior.
Ao chegar na sala, bateu um alívio: o professor estava mais lento que eu, nem havia chegado. Entrei, sentei e peguei meu material. Podia sentir o modo piloto automático - fazendo sempre as mesmas coisas, sem perceber se estava certo. Ainda bem que estava! Professor Garcia entra na sala, já se desculpando pelo atraso. Meus pensamentos, neste momento, se aquietaram. Conseguia me concentrar na aula, mas, a cada descanso, as lembranças vinham à tona. Saber que ele estava namorando me deu um nó na garganta. "Droga! Maldito Facebook!" - eu pensava, respondendo aos meus pensamentos.
O professor já tinha começado a aula e eu continuava de cabeça baixa, "escrevendo a aula". Dessa vez, não conseguia me controlar e já não estava ali. Escrevia aquela música "fundo do poço". Masoquismo. De repente, minha música continha novas rimas. A melodia estava em minha mente, e a letra era cantada pela caneta que escrevia sem parar. A história se encaixava comigo. Agora tinha viraso a minha história.
Ficou tão bonita! Fiquei surpresa! Na volta para casa, vim cantando a minha música. Baixinho, claro. E foi como se eu tivesse dividido toda aquela carga. Postei uma atualização na rede com ela. Muitas outras pessoas se identidicaram.
Não sou de compartilhar minhas coisas, mas sempre que quero "exorcizar" meus pensamentos, faço uma música. A minha música.
quarta-feira, 12 de março de 2014
Capítulo 15 - Inesperado
O vôo não atrasou. Nem ele demorou pra sair. Estava um gato! Jeans, camiseta gola "v" amarela clara, mocassim e óculos aviador. Empurrando o carrinho com uma pequena mala e uma pasta.
Quando me viu, abriu um lindo sorriso (o que chamou atenção). Veio ao meu encontro e me deu um longo abraço, o que foi o suficiente para as mulheres dali perderem as esperanças. E ele estava muito cheiroso.
"Que bom que você veio!" - disse ele quando me largou.
"Pois é, captei sua indireta diretamente para mim." - respondi rindo.
"E o almoço? "
"Não é sempre. Omiti o resto da informação. Não ia estragar a surpresa, não é?! Então, vamos almoçar?"
"Estou com fome, confesso."
"Hoje, a indicação do lugar será minha."
"Ok. Confio totalmente."
E fomos conversando, caminhando até o carro.
"E eu vou dirigindo. Ah-ra"
"Para onde a senhorita vai me levar?"
"Surprise!"
"Oh, okay. I don't have a problem".
"Poderia te levar para a América com essa conversa."
"E eu iria feliz da vida."
Paramos no meu carro. Abri a mala e ele guardou a bagagem. Entramos no carro.
Quando liguei o carro, que ia soltar o frio de mão, ele colocou a mão sobre a minha. Permaneci com a outra mão no volante, mas olhando pra ele. Pôs a outra mão no meu pescoço e foi aproximando o rosto, olhando em meus olhos e minha boca.
terça-feira, 11 de março de 2014
Capítulo 14 - Ansiedade e caracteres
Ele respondeu: "Sem limites. Já assisti, mas era o melhor dentre as opções. Rs' "
"Também já assisti. Gostei. Eu estava vendo..." - corri para a sala pra ver o nome do filme - "... A supremacia Bournie".
"Eu gostei dessa sequência. Pena que não tinha esse aqui."
"Eu preferia o que você está assistindo"
"Eu preferia você aqui."
Gelei com a resposta dele. E continuou: "Ou estar aí. Tanto faz. Só queria estar com você agora"
"Estarei aqui quando você voltar"
"Muito bom saber disso"
"Resolva aí tudo o que precisar"
"Resolvi. Volto amanhã."
"Que bom!" - me limitei a escrever, quando na verdade sorria sem parar. Coloqueu várias exclamações, mas tirei.
"Meu vôo chega às 13hs."
"Que indireta! kkkkkkk"
" kkkk Quer almoçar comigo?"
"Você não tem família, não? Eles devem estar com saudades de você. "
"Do jeito que você fala parece que passei 10 anos fora. Jantarei com eles."
"Ok, então.... Na verdade, não. "
"O que foi?"
"Almoçamos em família aos domingos. Sabe, é o único dia que estão todos juntos"
"Ah, ok. Fica para a próxima."
"Chegou visita aqui. Tenho que ir. Uma boa viagem de volta e uma boa noite."
quarta-feira, 5 de março de 2014
Capítulo 13 - Instinto
Capítulo 12- Verdades
Capítulo 11 - Almoço amigo
Capítulo 10 - Torpedo
Marcadores
-
Só Deus para contemplar a alegria em meu coração por ver aqueles jovens dizerem ao Senhor: " O meu louvor voará para Ti ". ♪ Não...
-
Às vezes, a vida nos dá mais uma chance de fazermos as coisas de uma forma diferente. Assim que encerrei uma conversa, percebi isso. Não p...