Entrei fazendo o mínimo de barulho possível. Passei na cozinha, peguei minha garrafinha de água na geladeira e fui para o meu quarto. Tomei uns goles e comeceu a me desfazer. Tirei as sandálias, o vestido, prendi o cabelo e fui pra o banheiro. No chuveiro mesmo tirei a maquiagem. Coloquei meu pijama, escovei os dentes e me sentei na cama.
- É, quem sabe - murmurei.
Continuei tomando minha água. Lembrei que era sábado, então, podia acordar mais tarde. Fechei as cortinas e caí na cama. A única luz no meu quarto agora era o abajur. Me sentia relaxada, porém sem sono. Ainda estava sem acreditar no que vivenciara só naquele dia. Meu sorriso se transformou em preocupação.
"Será que é mentira?". "Tá tudo muito bonitinho pra ser confiável".
Minha mente foi bombardeada com esses pensamentos. Não aguentei, levantei, dobrei meus joelhos e disse:
"Meu amigo, quem será aquela pessoa que conheci hoje? Não me deixe sem resposta. Agora estou aflita e te peço que me proteja. Amém".
Quando me sinto confusa, procuro meu melhor amigo para conversar. Aprendi com minha avó. E sempre dá certo, porque não fico sem resposta. Gosto de conversar olhando para o mar. Me sinto mais próximo do céu quando vejo o horizonte. Quando não posso sair, procuro um lugar em que eu possa me concentrar.
Levantei e deitei. Agora me sentia pesada. Meus olhos foram fechando até que apaguei.
Dormi até o celular sinalizar uma mensagem.
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